Como funciona um scanner intraoral?

Quando um scanner portátil em forma de caneta é colocado na boca do paciente e uma fonte de luz é direcionada para a área que se pretende digitalizar, o sensor de imagem capta milhares de imagens.

Estas imagens são processadas por um software de digitalização para gerar um modelo 3D preciso da superfície da geometria do dente e da gengiva. Este modelo 3D é apresentado no ecrã do seu computador, permitindo ver como é gerado durante o processo de digitalização.

CAD, não é uma moda passageira: décadas de avanços na tecnologia de design/fabrico assistido por computador forneceram às clínicas modelos 3D avançados.

Digitalização intraoral digitalPode ser novidade para a maioria dos consultórios dentários, mas a tecnologia em si está comprovada. "Com a introdução do design/fabrico assistidos por computador (CAD/CAM), a tecnologia digital entrou na prática dentária e ortodôntica", observam Isidora Christopoulou et al. no artigo "Scanners Intraorais Ortodônticos: Uma Revisão Crítica".

O artigo demonstra como as invenções digitais comoScanners odontológicos 3Dinauguraram a era digital da medicina dentária, referindo que "os scanners intra-orais representam um capítulo significativo neste desenvolvimento e têm um futuro muito promissor". De acordo com a FDI World Dental Federation, a prática dentária diária está a ser ou será em breve impactada por novas ferramentas utilizadas por médicos dentistas e técnicos de laboratório especificamente para impressões digitais, design assistido por computador e fabrico subtrativo ou aditivo (como a sinterização a laser e a impressão 3D, incluindo a estereolitografia), todos os quais requerem procedimentos de boas práticas para garantir a qualidade do produto final.

"A utilização de impressões digitais elimina uma série de etapas clínicas e laboratoriais, permitindo a entrega rápida e eficiente do dispositivo médico final feito à medida."

Impressões analógicas vs. impressões digitais: qual é mais precisa?

As impressões digitais e o software de imagens dentárias 3D podem ser rápidos e eliminar alguns dos passos envolvidos na criação de impressões analógicas, mas e quanto à precisão dos scanners intraorais?

É importante referir que a redução do número de etapas do processo em si contribui para uma maior precisão, pois quanto mais etapas forem necessárias, maior será a hipótese de introduzir inadvertidamente erro humano ou defeitos materiais. A qualidade das digitalizações digitais é medida em termos de precisão. Já descrevemos o que significa exatamente precisão e como impacta o seu tratamento neste blog.

Hoje, scanners intraoraisoferecem uma precisão comparável ou até melhor do que as impressões analógicas, e existem inúmeros estudos clínicos nesta área que reforçam isso mesmo. Aprender a interpretar os dados de precisão dos estudos clínicos é fundamental para avaliar qual o scanner mais indicado para os seus objetivos.

In "Digital versus Traditional Dental Impressions: A Systematic Review", Chandran et al. (2019) verificaram que 67% (16 em 24) dos estudos referiram que as impressões digitais produzidas pelos scanners de impressões digitais dentárias foram mais precisas (em mícrons) do que as impressões tradicionais, e 92% (24 em 24) referiram que as impressões digitais produzidas pelos scanners de impressões digitais dentárias foram mais precisas (em mícrons) do que as impressões tradicionais. Uma revisão de estudos (22 de 22 estudos) mostrou que a aceitabilidade clínica das impressões digitais foi comparável à das impressões tradicionais.

Uma revisão no Journal of Clinical and Diagnostic Research concluiu que as impressões digitais foram superiores às impressões tradicionais com base em avaliações de precisão, preferência do paciente e preferência do operador, sem diferenças estatisticamente significativas.